Em maio de 2013 a delegação do GEDINP representando o curso de direito do Centro Universitário Newton Paiva competiram ma American University Interamerican Human Rights Moot Court Competition. Abaixo o diário de viagem elaborado por Renata Meniconi Rezende:
18/05: Chegamos em Washington por volta de 12h. Pegamos o
metrô até a American University (foi uma aventura pegar 2 linhas com as malas!)
Depois, o bus da universidade até o alojamento. Conhecemos os arredores da
American University e nos organizamos.
19/05: Fizemos o credenciamento na WCL – Washington College of Law e fomos ao
evento de abertura da Competição. A coordenadora, Becca, fez um discurso nas 3
línguas oficiais (inglês, português e espanhol) e falou sobre o cronograma,
regras e expectativas. O dia e horário das rodadas preliminares foi liberado e
as nossas eram terça e quarta.
20/05: Assistimos duas rodadas, almoçamos e fomos para o
housing para estudar. No caminho vimos a equipe que competiria conosco na terça
(os crachás tinham os nomes e número da equipe) e descobrimos que o coach deles
estava no quarto do lado do nosso! Ou seja, nada de treinar o speech muito
alto! Haha
21/05: 1ª rodada. Os representantes do Estado eram da
Colômbia. Fomos julgados por 7 juízes. Conseguimos apresentar os argumentos,
embora tenhamos tido dificuldade com o tempo em virtude do uso de tradução
simultânea. Rebatemos as alegações da equipe colombiana e o feedback dos juízes
foi positivo. Ele disseram que tínhamos um conhecimento muito bom do caso, que
usamos jurisprudências de forma certa, soubemos responder as perguntas e que
olhamos para todos os juízes, o que passou segurança. Sugeriram que usássemos
paixão na defesa às vítimas, mas não em exagero. E que fizemos isso, mas
poderíamos demostrar mais. Essa paixão deve ser mostrada no discurso com entonação
e foco em algumas partes. Já no quarto, fizemos adaptações ao speech e
estudamos para a 2ª rodada.
22/05: Fomos cedo para a WCL para tomar café da manhã e
treinar um pouco mais. Na hora do almoço entramos para a sala e os
representantes do estado eram alunos do Centro Universitário do Pará.
Conseguimos responder todas as perguntas feitas e apresentar os argumentos. Eu,
Renata, gostei mais da minha apresentação na 1ª rodada, mas fomos bem! Os
juízes, 5 brasileiros, nos disseram que passamos segurança e conhecimento e
mais uma vez tocaram na questão da paixão, enfatizando que não deve ser
exagerada.
Passadas as rodadas a sensação foi de dever cumprido,
sabendo o que pode ser melhorado e desenvolvido de outra forma e o que deu
certo. No mesmo dia houve a cerimônia
que divulgou as equipes semifinalistas. Infelizmente não avançamos para essa
fase, mas o sentimento de dever cumprido
e de superação dos obstáculos enfrentados pela equipe no decorrer do
processo de estudo e preparação prevaleceu!
Após o evento fomos para uma confraternização marcada pela
associação de ex-participantes, mas acabamos em um bar africano (The African
Bar) que tocava reggae em uma turma de brasileiros (BH, SP, Paraná, Manaus,
Belém), argentinos e russas. Bem divertido!
23/05: Rodadas semifinais e, a noite, um jantar para anunciar os finalistas: uma
equipe peruana, representando as vítimas, e uma equipe brasileira como estado,
a PUC RJ.
Na mesma noite houve a festa oficial da competição na boate
“Eden”. A maioria das equipes e alguns juízes estavam lá e o clima foi de festa
e comemoração.
24/05: De manhã assistimos à final e foi ótimo ver uma
equipe do Brasil vencer, pela 1ª vez nos 18 anos da competição.
Um almoço para premiar
os campeões e melhores oradores e memoriais foi o momento de despedida
de alguns amigos que fizemos. Logo após, foi o momento de turistar. Uma ótima
tarde/ noite de 8°C (e um vento bem gelado) e companhia de amigos de Belém (que
disputaram com a gente na 2ª rodada). Capitólio, Arquivo Nacional, Suprema
Corte, Lincoln Memorial, Washington Memorial e Biblioteca do Congresso (que
estava fechada, uma pena!) e foram os destinos principais.
25/05: Último dia na capital e fizemos compras, arrumamos as
malas e “jantamos” com os amigos. Momento de nos despedir e pegar o taxi para o
aeroporto às 4h da manhã (bem mais prático que o metrô que pegamos na ida).
Nem o peso das várias bagagens de mão e perder a conexão de
SP para BH nos fez perder a alegria de ter participado!
Tivemos um aprendizado sem tamanho, tanto profissional quanto
pessoal; fizemos bons contatos e conhecemos pessoas de diversos países.
Perceber o quanto sabemos e onde podemos chegar é incrível,
assim como a experiência: indescritível!
Espero que todos os membros do GEDIN
P
tenham a chance que tivemos!