
Eles nasceram em bairros de periferia, sofreram os duros reveses da escola pública e, ainda adolescentes, arregaçaram as mangas para tirar do suor o sustento da família. Mas a trajetória de adversidades está longe de ser o traço de união entre três jovens da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Na verdade, a identidade maior está na garra e coragem de Victor Marcos Oliveira Assis, de 28 anos, estudante de direito; Amanda Paula Fernandes, de 23, de educação física; e Darlen Andrade Costa, de 30, recém-formado em administração de empresas, que viraram a página das dificuldades e hoje são protagonistas de uma história de destaque no mundo dos estudos. Bolsistas do Programa Universidade para Todos (ProUni), eles acabam de ser eleitos os melhores alunos de graduação nas principais faculdades particulares da capital.
A exemplo de Victor, criado no Bairro Mineirão, na Região do Barreiro; Amanda, moradora do Bairro Duque de Caxias, em Betim; e Darlen, que vive no Conjunto Paulo VI, na Região Nordeste de BH, dezenas de outros estudantes que recebem bolsas de estudo para o ensino superior são destaques acadêmicos nas universidades, ou seja, têm as melhores notas entre todos os alunos do curso. Na PUC Minas, quase a metade (46%) dos destaques acadêmicos é bolsista do ProUni, programa do Ministério da Educação (MEC) que abre portas nas faculdades particulares para alunos de escola pública e de baixa renda.
A exemplo de Victor, criado no Bairro Mineirão, na Região do Barreiro; Amanda, moradora do Bairro Duque de Caxias, em Betim; e Darlen, que vive no Conjunto Paulo VI, na Região Nordeste de BH, dezenas de outros estudantes que recebem bolsas de estudo para o ensino superior são destaques acadêmicos nas universidades, ou seja, têm as melhores notas entre todos os alunos do curso. Na PUC Minas, quase a metade (46%) dos destaques acadêmicos é bolsista do ProUni, programa do Ministério da Educação (MEC) que abre portas nas faculdades particulares para alunos de escola pública e de baixa renda.
No Centro Universitário UNA, os alunos com benefício estudantil do governo federal representam mais de um terço (37%) dos premiados pelas melhores notas. Em avaliações do MEC, os bolsistas também fazem bonito. No último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o antigo provão, os alunos do ProUni atingiram média maior que os universitários sem bolsa. A diferença foi de 5,5 pontos (numa escala de 0 a 100)
Tanto empenho e dedicação é traduzido em palavras pela coordenadora de assistência social da PUC Minas, Rosângela Cláudio Gonçalves. “O aluno, especialmente o de classe social mais baixa, compreende que a formação acadêmica e o diploma podem significar a melhoria da qualidade de vida de toda a família. Por isso, ele agarra a bolsa de estudos com unhas e dentes e quase nunca desperdiça a oportunidade de ouro. Muitos não tiveram uma boa formação na escola pública e ainda precisam conciliar uma rotina pesada de estudos e trabalho. Mas eles batalham muito e driblam essas dificuldades, fazendo da vaga na universidade a vida deles”, afirma Rosângela.
O currículo de Victor Marcos é suficiente para encher páginas e mais páginas. Aluno do 8º período do curso de direito do Centro Universitário Newton Paiva, ele tem desempenho médio de 90% nas disciplinas do curso, venceu três competições de direito internacional – duas dos Estados Unidos e uma do Mercosul – e acaba de ser aprovado em dois disputados concursos públicos. Mas tantas conquistas não chegaram de “mãos beijadas” na vida do rapaz. Filho de uma costureira que nunca ganhou mais que um salário mínimo, Victor começou a trabalhar ainda na adolescência como açougueiro. O trabalho pesado de 12 horas por dia, no entanto, não tirou o ânimo de Victor para os estudos. “Sempre sonhei em ser juiz de direito e, para atingir essa meta, me acostumei a dormir quatro horas por noite para virar madrugadas diante dos livros”, conta.
na faculdade No Centro Universitário UNA, os alunos com benefício estudantil do governo federal representam mais de um terço (37%) dos premiados pelas melhores notas. Em avaliações do MEC, os bolsistas também fazem bonito. No último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o antigo provão, os alunos do ProUni atingiram média maior que os universitários sem bolsa. A diferença foi de 5,5 pontos (numa escala de 0 a 100).
Tanto empenho e dedicação é traduzido em palavras pela coordenadora de assistência social da PUC Minas, Rosângela Cláudio Gonçalves. “O aluno, especialmente o de classe social mais baixa, compreende que a formação acadêmica e o diploma podem significar a melhoria da qualidade de vida de toda a família. Por isso, ele agarra a bolsa de estudos com unhas e dentes e quase nunca desperdiça a oportunidade de ouro. Muitos não tiveram uma boa formação na escola pública e ainda precisam conciliar uma rotina pesada de estudos e trabalho. Mas eles batalham muito e driblam essas dificuldades, fazendo da vaga na universidade a vida deles”, afirma Rosângela.
Aperto
O currículo de Victor Marcos é suficiente para encher páginas e mais páginas. Aluno do 8º período do curso de direito do Centro Universitário Newton Paiva, ele tem desempenho médio de 90% nas disciplinas do curso, venceu três competições de direito internacional – duas dos Estados Unidos e uma do Mercosul – e acaba de ser aprovado em dois disputados concursos públicos. Mas tantas conquistas não chegaram de “mãos beijadas” na vida do rapaz. Filho de uma costureira que nunca ganhou mais que um salário mínimo, Victor começou a trabalhar ainda na adolescência como açougueiro. O trabalho pesado de 12 horas por dia, no entanto, não tirou o ânimo de Victor para os estudos. “Sempre sonhei em ser juiz de direito e, para atingir essa meta, me acostumei a dormir quatro horas por noite para virar madrugadas diante dos livros”, conta.
Inicialmente com uma bolsa parcial do ProUni (de 50% de desconto na mensalidade), Victor batalhou para estender o benefício para isenção integral dos custos da universidade e, assim, reduzir o ritmo de trabalho e se dedicar mais aos estudos. “Nunca consegui comprar um livro. Todos que tenho foram presentes de professores. Já passei muito aperto e muitas vezes pensei que estava no meu limite. Agora estou começando a colher os resultados desse investimento”, diz o jovem, hoje funcionário da Junta Comercial de Minas Gerais.
Única universitária da família e com a maior pontuação entre todos os alunos de educação física da PUC Minas, Amanda Fernandes também se orgulha das recentes conquistas. A indicação para o prêmio de destaque acadêmico da instituição no último semestre rendeu a ela uma bolsa de iniciação científica no Observatório de Saúde Urbana da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. “Fui convidada por uma professora minha que faz doutorado nesse projeto. É uma vitória, ou melhor, um estímulo para que eu continue me dedicando. Sempre trabalho fora, dou aulas particulares e monitorias, e, às vezes, chego esgotada na universidade. Mas o fato de precisar ter um bom desempenho escolar para não perder a bolsa de estudos é um grande incentivo
Tanto empenho e dedicação é traduzido em palavras pela coordenadora de assistência social da PUC Minas, Rosângela Cláudio Gonçalves. “O aluno, especialmente o de classe social mais baixa, compreende que a formação acadêmica e o diploma podem significar a melhoria da qualidade de vida de toda a família. Por isso, ele agarra a bolsa de estudos com unhas e dentes e quase nunca desperdiça a oportunidade de ouro. Muitos não tiveram uma boa formação na escola pública e ainda precisam conciliar uma rotina pesada de estudos e trabalho. Mas eles batalham muito e driblam essas dificuldades, fazendo da vaga na universidade a vida deles”, afirma Rosângela.
Aperto
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Victor Marcos de Oliveira estuda direito e sempre sonhou ser juiz. Dorme quatro horas e vira madrugadas diante dos livros |
Inicialmente com uma bolsa parcial do ProUni (de 50% de desconto na mensalidade), Victor batalhou para estender o benefício para isenção integral dos custos da universidade e, assim, reduzir o ritmo de trabalho e se dedicar mais aos estudos. “Nunca consegui comprar um livro. Todos que tenho foram presentes de professores. Já passei muito aperto e muitas vezes pensei que estava no meu limite. Agora estou começando a colher os resultados desse investimento”, diz o jovem, hoje funcionário da Junta Comercial de Minas Gerais.
Única universitária da família e com a maior pontuação entre todos os alunos de educação física da PUC Minas, Amanda Fernandes também se orgulha das recentes conquistas. A indicação para o prêmio de destaque acadêmico da instituição no último semestre rendeu a ela uma bolsa de iniciação científica no Observatório de Saúde Urbana da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais. “Fui convidada por uma professora minha que faz doutorado nesse projeto. É uma vitória, ou melhor, um estímulo para que eu continue me dedicando. Sempre trabalho fora, dou aulas particulares e monitorias, e, às vezes, chego esgotada na universidade. Mas o fato de precisar ter um bom desempenho escolar para não perder a bolsa de estudos é um grande incentivo
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